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Para chegar a estes dados, os pesquisadores analisaram os dados das amostras probabilísticas dos inquéritos domiciliares do Programa Demographic Health Surveys realizados em 1986, 1996 e 2006. Os autores lembram no artigo que a ïdentificação dos fatores responsáveis pela variação na prevalência de desnutrição levou em conta mudanças na frequência de cinco determinantes potenciais do estado nutricional, modelagens estatísticas da associação independente entre determinante e risco de desnutrição no início de cada período e cálculo de frações atribuíveis".
As melhorias nos ídices de desnutrição do primeiro período observado, segundo os autore estiveram relacionadas particularmente com melhorias na escolaridade materna e com a disponibilidade dos serviços de saneamento. Já no segundo período foram decisivos o aumento do poder aquisitivo das famílias mais pobres, e novamente a melhoria da escolaridade materna.
Os pesquisadores consideram na publicação que se a taxa de declíno observada entre 1996 e 2006 for mantida, o problema da desnutrição infantil na Região Nordeste poderia ser considerado controlado em menos de dez anos.
"Para se chegar a esse resultado será preciso manter o aumento do poder aquisitivo dos mais pobres e assegurar investimentos públicos para completar a universalização do acesso de serviços essenciais de saneamento, saúde e educação:, afirmam.
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