segunda-feira, 31 de maio de 2010

Estudo mostra benefício de alimentos ricos em magnésio para o cérebro

Recente pesquisa mostrou que o aumento da presença de magnésio no cérebro melhora a aprendizagem e a memória em ratos jovens e velhos. O estudo, publicado no final de janeiro na Revista Neuron, sugere que o aumento da ingestão de magnésio pode ser uma estratégia válida para melhorar capacidades cognitivas e apóia a especulação de que níveis inadequados de magnésio prejudicam a função cognitiva, levando à rápida deterioração da memória em seres humanos envelhecimento.

O estudo foi conduzido pelo professor Guosong Liu, diretor do Centro de Aprendizagem e Memória da Universidade de Tsinghua, em Pequim, China. "O magnésio é essencial para o bom funcionamento de muitos tecidos do corpo, incluindo o cérebro e, em um estudo anterior, demonstramos que o magnésio promove plasticidade sináptica em células do cérebro de cultura", explica o Dr. Liu. Segundo ele, foi "tentador levar nossos estudos um passo além e investigar se um aumento nos níveis de magnésio reforçaria a função cognitiva do cérebro em animais."

Considerando a dificuldade de aumentar os níveis de magnésio no cérebro com suplementos orais tradicionais, Dr. Liu e colegas desenvolveram um novo composto de magnésio, magnésio-L-threonate (MGT), através de suplementação alimentar.
Dr. Liu ressalta ainda que metade da população dos países industrializados tem um déficit de magnésio, o que aumenta com o envelhecimento. Esta carência pode muito bem contribuir para o declínio da memória dependente.

Magnésio na sua dieta pode acarretar ossos mais fortes

É bom lembrar que estudo publicado há 4 ano sno Journal of the American Geriatrics Society já demonstrou que a ingestão de magnésio através de dieta e de suplementos está positivamente associada com a densidade óssea em todo o corpo, especialmente em pessoas idosas brancas. Os investigadores dizem que os efeitos são semelhantes ao do cálcio.
Mais de 2.000 homens negros e brancos e mulheres com idades entre 70-79 anos de idade foram convidados a preencher um questionário para determinar o magnésio consumido a partir de alimentos e suplementos diferentes. Além disso, os pesquisadores realizaram testes de densidade mineral óssea sobre os participantes.

O estudo revelou que aqueles que ingeriram mais magnésio tinham a densidade óssea significativamente maior do que aqueles que ingeriram menor quantidade de magnésio. Para cada 100 miligramas por dia aumento na ingestão de magnésio, os dados mostraram um aumento de 1% na densidade óssea.

O magnésio mantém ossos e dentes fortes e controla a transmissão dos impulsos nervosos e as contrações musculares. Ele ainda ativa reações químicas que produzem energia na célula. Alimentos ricos em magnésio incluem castanhas, soja, leite, peixes, verduras, cereais e pão.



fonte: Sciense Daily

sábado, 29 de maio de 2010

Distúrbio alimentar pode ser herdado

Os transtornos alimentares, cuja complexidade dificulta o conhecimento das causas, podem também ser herdados. Pesquisadoras da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP identificaram a herança psíquica dessas doenças atravessando gerações. Os resultados da pesquisa foram apresentados no último mês de março pela psicóloga Christiane Baldin Adami Lauand em sua dissertação de mestrado As experiências alimentares de mães com filhas portadoras de transtornos alimentares: investigando a transgeracionalidade.

Estudo da EERP analisou hábitos alimentares das mães de adolescentes com anorexia O estudo envolveu mães de adolescentes com anorexia nervosa que frequentaram o grupo de apoio psicológico aos familiares do Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares (GRATA) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP no ano de 2008. A psicóloga delimitou o número de mães por saturação dos dados obtidos por entrevistas com cinco mães. A análise foi qualitativa e o critério de seleção adotado foi que elas deveriam ter participado do grupo de apoio psicológico em 2008.

O estudo investigou os hábitos alimentares das mães buscando compreender a existência de transmissão psíquica. A psicóloga queria conhecer a relação que as mães construíram com a alimentação e o que aconteceu depois do diagnóstico de transtorno alimentar da filha. Chamou a atenção, o fato de a maioria das mães trazer história de restrição alimentar em algum momento da vida, principalmente na infância, seja por questões financeiras ou restrição auto-imposta.

"Eram ruins de boca", lembra Christiane, dizendo que assim se classificavam. "Não gostavam de comer, não queriam comer. Em comum, todas vivenciaram situações de restrição alimentar e, agora, suas filhas estavam sofrendo de anorexia nervosa", conta a pesquisadora.

Repetição

A pesquisa mostrou que, depois do episódio de restrição, essas mães tentaram modificar um pouco a história. Ao se tornarem mães, muitas delas ofereciam aos filhos abundância de comida ou alimentos muito calóricos. Queriam dar aquilo que não tiveram. Num determinado momento, entretanto, as filhas passaram a restringir, por si mesmas, todo o alimento que tinham em excesso.

Christiane garante que esse mecanismo não é regra para todas as filhas de mães que viveram situações de restrição alimentar. "De alguma forma, aquela filha têm um psiquismo que absorve isso. E fica tentando resolver o problema que foi adquirido", explica. No próprio cuidado materno, a mãe transmite conteúdos para essa filha, influenciados por aspectos inconscientes. "A gente não sabe como essa mãe lidou com o seu trauma; ele deve ter ficado lá e, como um 'fantasma', pode ressurgir a qualquer momento", diz.

Quando as filhas adoecem, estas mães reavivam suas experiências alimentares. "Muitas adoecem juntamente com as filhas, não sentem mais prazer em se alimentar, perdem peso, perdem confiança na alimentação e no ato de alimentar os outros, passam a não mais fazer refeições juntamente com a família, nem mesmo em datas comemorativas". A psicóloga afirma que essa situação não é algo que surgiu agora, já aconteceu antes, especialmente na infância delas.

Vivências

A professora orientadora da pesquisa, Rosane Pilot Ribeiro, chama a atenção para o caráter afetivo da alimentação e também para o simbolismo que o alimento confere às relações sociais e emocionais, tendo na família importante instrumento de transmissão de rituais e regras dietéticas. "O alimento não serve apenas para suprir necessidades fisiológicas, mas vem carregado de vivências afetivas, significados", lembra Rosane, alertando para o fato de que, se esses transtornos são transmitidos pelas gerações, não adianta apontar ou achar um culpado. "Não é culpa da mãe", defende a professora.

A psicóloga Christiane completa: "Na questão geracional, não há culpados. Há um conteúdo transmitido que atravessa gerações", garante. "Mas devido à complexidade dos fatores que envolvem a doença, uma série de aspectos necessita de análise para entender o transtorno alimentar. O foco está na doença da filha, mas trata-se de uma rede: constituição da mente da paciente, questões sociais, culturais, biológicas, genéticas, padrões de vínculo e a transmissão transgeracional. A abordagem da vida materna, sua história e os significados que atribuiu à sua alimentação conferem o aspecto inédito ao trabalho, aponta Rosane. "É um estudo importante e inovador em termos de transmissão psíquica envolvendo transtorno alimentar", conclui.


Fonte: Portal Nutrição Orgânica

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Anabolizantes Maquiados

Um estudo feito no Estado de São Paulo pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) concluiu que um em cada quatro produtos comercializados em academias de ginástica como suplementos nutricionais para praticantes de atividade física tem substâncias de natureza esteroidal não declaradas nos rótulos.

O trabalho analisou 111 produtos comercializados na capital e no interior paulista, apreendidos pelos serviços de vigilância sanitária locais. As análises, realizadas por meio de técnica conhecida por screening por cromatografia em camada delgada, foram realizadas no Laboratório de Antibióticos e Hormônios do Instituto Adolfo Lutz, órgão vinculado à Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Do total de 28 amostras (25,5%) que apresentaram substâncias esteroidais destinadas ao desenvolvimento de massa muscular, 7% tinham sais de testosterona em suas fórmulas. "A identificação dos sais indica que esses produtos contêm esteróides anabolizantes e estão sendo vendidos ilegalmente", disse Maria Regina Walter Koschtschak, pesquisadora da Seção de Antibióticos do IAL que participou das análises, à Agência FAPESP.

"Em contrapartida, 18,5% dos suplementos analisados também apresentaram substâncias de natureza esteroidal, mas que não pudemos identificar com precisão devido à falta de padrões de comparação com outras substâncias puras."

Esteróides anabolizantes são drogas fabricadas para substituir a testosterona, o hormônio masculino fabricado pelos testículos que ajuda no crescimento dos músculos (efeito anabólico) e no desenvolvimento das características sexuais masculinas (efeito androgênico).

"A importância do estudo está na demonstração dos riscos que muitos atletas no Brasil correm ao consumir substâncias desconhecidas, ainda mais se tratando de drogas perigosas que oferecem efeitos colaterais muito variados", afirmou Maria Regina.

Segundo ela, duas portarias de 1998 da legislação brasileira regulamentam os suplementos fixando identidade e características mínimas de qualidade, excluindo os produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e outras substâncias consideradas como doping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

O levantamento também apontou que 85,6% dos suplementos analisados não apresentavam informações de procedência e, das demais amostras, 5,4% eram nacionais e 9%, importadas. O trabalho mostrou ainda que a forma mais frequente de apresentação dos produtos foi a de cápsula, representando 41% do total de amostras analisadas, por apresentar uma maior facilidade na manipulação e incorporação de outras substâncias farmacologicamente ativas.

Consumo popular

De acordo com o trabalho, alguns dos fatores que contribuem para a explosão de consumo dessas substâncias são o apelo da publicidade, a prática do fisiculturismo e o culto exagerado ao corpo, que enfatiza o desenvolvimento muscular conhecido como vigorexia.

Além disso, a disponibilidade e o livre acesso pela internet aos suplementos nutricionais no comércio internacional e, no Brasil, o consumo nas academias de ginásticas sem orientação de profissionais de saúde resultaram na popularização do uso desses produtos por atletas profissionais e amadores.

"Como consequência da explosão do consumo dos alimentos para praticantes de atividade física e dos suplementos vitamínicos e minerais, estimativas mostram que o mercado mundial desses produtos movimenta cerca de US$ 46 bilhões por ano", contou Maria Regina.

Os hormônios precursores de testosterona apresentam efeitos androgênicos e forte atividade anabólica. "Teoricamente, essas substâncias aumentam a produção de hormônios masculinos por meio do incremento da concentração de precursores exógenos de testosterona. De acordo com os regulamentos do COI, esses hormônios estão classificados na categoria de esteróides anabólicos proibidos", explicou.

Outro estudo para a detecção de anabolizantes, coordenado pela Comissão Médica do COI, revelou que 94 das 634 amostras de suplementos nutricionais, provenientes de 215 fabricantes de 31 países, continham substâncias não declaradas que poderiam levar a um teste positivo de doping aos usuários desses suplementos.

De acordo com a pesquisadora do Instituto Adolfo Lutz, outro fator que influenciou o crescimento do consumo dos suplementos nutricionais foi a passagem do controle desses produtos, em 1994, nos Estados Unidos, do Food and Drug Administration (FDA) para o Dietary Supplement Health and Education (DSHEA).

"O DSHEA define os suplementos dietéticos como sendo aqueles que suprem as necessidades de um ou mais nutrientes, como vitaminas, minerais e enzimas. Além dessas substâncias, são permitidos extratos vegetais, aminoácidos, melatonina e precursores da testosterona, chamados de pró-hormônios, entre os quais a androsteniona, a dehidroepiandrosterona e o androstenediol", disse Maria Regina.

A pesquisadora destaca que, quando ingeridas sem orientação médica, essas substâncias podem causar problemas como impotência sexual, desordens menstruais, insônia, dor de cabeça, acne, aumento dos níveis de colesterol, problemas cardíacos, crescimento indevido de pelos, aumento de agressividade, engrossamento da voz, aumento da pressão sanguínea e até infarto do miocárdio.


Fonte: Agência Fapesp

quinta-feira, 27 de maio de 2010

FAO lança petição global contra fome com participação pela web

A FAO lançou no dia 14/05/2010 uma petição o­n-line pedindo que as pessoas fiquem furiosas com o fato que cerca de um bilhão de pessoas no mundo vivam com fome. O projeto "1billionhungry" (um bilhão com fome, na tradução literal), usa imagens e mensagens fortes para chamar atenção para o problema e pedir um basta à fome.
Um apito amarelo funciona como símbolo da campanha, encorajando as pessoas a apitar contra a fome. Uma petição global o­nline pede que os governos façam da erradicação da fome sua principal prioridade.

"Deveríamos estar furiosos com o vergonhoso fato que seres humanos ainda sofram de fome", disse o diretor-geral da FAO, Jacques Diouf. "Se você também se sente assim, quero que você dê voz à sua raiva. Todos vocês, ricos e pobres, jovens e idosos, em países em desenvolvimento e desenvolvidos, devem expressar sua raiva sobre a fome mund ial assinando a petição global que está no endereço http://www.1billionhungry.org", acrescentou.

Um dos destaques da campanha é o vídeo promocional estrelado pelo ator britânico Jeremy Irons, no qual ele interpreta um personagem baseado na famosa cena do filme Rede de Intrigas (Network).
O atleta olímpico norte-americano Carl Lewis e o jogador de futebol francês Patrick Vieira estão entre as personalidades dos mundos esportivo e artístico que participaram do lançamento do projeto "1billionhungry".

A Associação das Ligas de Futebol Profissional Européias apresentou um vídeo com jogadores de futebol expressando sua fúria e também promoverá este ano uma "Rodada contra a fome".
Os músicos Anggun, Dee Dee Bridgewater, Dionne Warwick, Fanny Lu, Mory Kanté Noa e Chucho Valdés doaram músicas para a campanha.

O projeto "1billionhungry" tem o apoio de diversas organizações da sociedade civil, entre elas, a Associação Mundial de Bandeirantes. Um número crescente de o­nGs promoverão a campanha através de suas redes.
No Brasil, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional é um dos parceiros da campanha."É uma grande injustiça que mais de um bilhão de pessoas tenham que dormir todas as noites com fome e nós agradecemos o foco e compromisso da FAO com essa questão", disse Kátia Maia, responsável pela campanha de alimentação e agricultura da Oxfam.

Se o mundo continuar no mesmo ritmo de redução da fome, o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir pela metade o percentual de pessoas com fome até 2015 não será alcançado.
Da cerca de um bilhão de pessoas com fome, 642 milhões vivem na Ásia e no Pacífico, 265 milhões na África Subsaariana, 53 milhões na América Latina e Caribe, 42 no Oriente Médio e norte da África e 15 milhões em países desenvolvidos.

A FAO estima que a produção agrícola global precise aumentar em 70% para alimentar uma população estimada em nove bilhões de pessoas em 2050.
O apoio à agricultura dos países em desenvolvimento está na agenda da Cúpula do Grupo dos Oito, que se reúne mês que vem no Canadá.
Eventos de lançamento da campanha "1billionhungry" foram organizados em diversas cidades do mundo, como Roma (Itália), Yokohama (Japão) e Paris (França).



fonte: Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Menos Sódio

Primeiro vieram os diet e light. Depois, chegaram os orgânicos e mais tarde os produtos livres de gordura trans. Agora, uma nova onda atinge o setor de ALIMENTOS: os produtos com menor nível de sódio. Não é para menos: uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, divulgada em abril, mostrou que a proporção de brasileiros com hipertensão arterial cresceu 13,5% de 2006 para 2009, atingindo 24% da população.

"Com os índices de obesidade e de doenças cardiovasculares crescendo, os consumidores começam a se preocupar mais com a qualidade da alimentação e essa pressão chega às indústrias", diz Deborah Peixoto, gerente do Instituto Minha Escolha, entidade global de representantes da indústria de alimentos.

"Há consumidores procurando consumir menos sódio, por isso é importante darmos opções para eles", diz Carlos Prax, gerente de pesquisa e desenvolvimento, inovação e qualidade da Arcor. A companhia lançou em abril uma nova versão das bolachas "cream cracker", com teor de sódio 85% mais baixo. O preço é o mesmo da versão tradicional. Mas para manter o produto saboroso, segundo Prax foi preciso fazer mudanças na formulação do produto. "Não foram mudanças significativas", diz ele, sem dar detalhes. "Mas a aceitação do produto tem sido muito boa."

Para baixar o nível de sódio nos alimentos, não basta só retirar o sal do produto, como explica Carolina. Godoy, coordenadora de nutrição do Instituto Minha Escolha, que é mantido por Nutrimental, Perdigão e Unilever. "Muitas vezes é preciso fazer mudanças na fórmula, porque o sódio não está só no sal. Os conservantes têm sódio, mesmo que o alimento seja doce", explica a especialista. É o caso, por exemplo, do ketchup: embora seja usado em pratos salgados, o sabor do condimento é levemente adocicado - característica essa que surpreende o consumidor quando fica sabendo que esse é um dos produtos do mercado com maior concentração de sódio.
"O sódio está presente até nos adoçantes", explica a nutricionista. É por isso que os refrigerantes zero açúcar ou diet são produtos com alto teor de sódio.

Por isso, a PepsiCo resolveu investir em uma campanha publicitária para divulgar que o refrigerante Pepsi Light tem, segundo a companhia, menos sódio que os concorrentes. A empresa também divulgou, em março, que vai reduzir em 25% a quantidade média de sódio por porção em suas principais marcas até 2015.

Seguindo a mesma tendência, a Nestlé, dona da marca Maggi, está lançando a linha Sopão Integralles, com 25% menos sódio. "Desde 2005 a companhia iniciou uma política que implementa um esforço para reduzir os níveis de sódio em todos nossos produtos", diz Salvador Pimentel, diretor da linha de produtos Maggi da Nestlé.

"Essa tendência deve crescer ainda mais, pois a preocupação com os níveis de sódio vêm de consumidores não só das classes mais altas, mas das classes C e D também", diz Deborah, do Minha Escolha. A entidade, presente no país desde 2008, tem um selo para classificar produtos que tenham níveis aceitáveis de sódio e de outras substâncias que, em excesso, podem fazer mal à saúde, como açúcar, gorduras trans e saturadas. "No lançamento do selo, tínhamos 40 produtos. Hoje são mais de 200", diz Carolina. Desde que passou a adotar o programa, a Unilever, segundo sua assessoria de imprensa, já retirou 3 mil toneladas de sódio de seus produtos no país.


Fonte: CFN

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cuidados com a nutrição na infância garantem vida longa e saudável

Existem evidências científicas que problemas de saúde do adulto podem ser desencadeados já na alimentação infantil. A nutrição na infância tem sido estudada há muitas décadas no sentido de garantir um crescimento saudável, livre de doenças.

Assim já sabemos há muito tempo que o leite materno deve ser o alimento único nos primeiros seis meses de vida, garantindo um crescimento ideal, redução de infecções e alergias, garantindo nos primeiros meses uma vida saudável. “Vale ressaltar que uma criança nos primeiros seis meses dobra o peso de nascimento e triplica seu peso até um ano. É um período onde a nutrição tem papel fundamental na base da saúde”, destaca José Spolidoro, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).

Este assunto será o tema central do Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral que ocorrerá em Natal – RN, entre os dias 29 de novembro e 02 de dezembro. Na ocasião estará presente o Dr. Berthold Koletzko, da Alemanha, que tem coordenado os estudos deste tema em muitos centros da Europa.

Risco de hipertensão no primeiro ano - Na última década, os pesquisadores passaram a se preocupar não só com o crescimento saudável, mas quanto desta alimentação poderá promover uma vida saudável na maturidade. Eles verificaram que a fase da vida em que o sal tem a maior correlação com o desenvolvimento de Hipertensão Arterial é no primeiro ano. Em nenhuma outra fase da vida o sal pode ser tão relacionado com esta patologia do adulto quanto no primeiro ano.

O sal é oferecido na introdução de sólidos, onde a criança ainda não desenvolveu este paladar, mas os adultos provam os alimentos e colocam sal baseados em seu próprio paladar. “Ao acrescentarem sal na alimentação, estão estimulando este paladar e em geral oferecendo excesso deste nutriente. Além disto, as crianças que recebem leite de vaca integral ao invés de leite humano também acabam excedendo a ingestão de sódio (principal componente do sal)”, diz Spolidoro. O leite de vaca tem altas concentrações de sódio, assim como de proteína, que por sua vez tem sido associado à síndrome metabólica e obesidade na vida adulta.

Estudos constataram que excesso de proteína e ganho de peso muito rápido, especialmente em prematuros e recém nascidos de muito baixo peso, promove distúrbios metabólicos, alterações gênicas (isto se chama epigenética), favorecendo o desenvolvimento desta grave patologia na vida adulta.

A obesidade é o mal do século, acometendo uma população cada vez maior em todo o mundo, e isto pode ter seu início na alimentação do primeiro ano de vida. “Assim, cuidar da alimentação de nossos bebês é da maior importância, evitando excessos e ganho de peso além das curvas de crescimento normal”, finaliza Spolidoro.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Banana para a Hipertensão

A fruta, uma das fontes mais conhecidas de potássio, que garante o bom funcionamento dos batimentos cardíacos, ganha notoriedade a partir de estudo divulgado nos EUA

Nova York - Estudo publicado recentemente na revista norte-americana Archives of Internal Medicine engrossa o coro em prol do potássio. Pesquisadores mediram suas quantidades e a do sal na urina de 2.974 voluntários e notaram que aumentar a ingestão de potássio e restringir a de sódio diminui em até 50% as perturbações relacionadas à pressão nas alturas, como infarto e derrame. "Isoladamente, no entanto, essas duas medidas não surtem o mesmo efeito", observa Nancy Cook, professora da Universidade de Harvard e uma das autoras do trabalho. Apenas maneirar no sal, por exemplo, só derruba em 20% o risco de turbulência nas artérias.

Por que a dobradinha dá resultados mais satisfatórios? O potássio garante o bom funcionamento dos batimentos cardíacos, facilita a dilatação dos vasos e ainda melhora a sensibilidade à insulina - o que pode ser bem útil para quem sofre de resistência ao hormônio, um fator que colabora para a ocorrência de problemas cardiovasculares, ainda mais quando já existe um quadro de hipertensão. "Além disso, esse mineral parece reduzir os efeitos negativos do sal, porque induz à eliminação do sódio pelos rins", comenta Nancy. Portanto, dá para deduzir que manter o dueto em uma gangorra estática - sódio no chão e potássio em níveis elevados - seja a medida mais eficiente para proteger o corpo. O potássio melhora a elasticidade dos vasos e, com isso, ajuda no controle da pressão. Mas, na prática, pouca gente sabe ou se lembra disso.

Faça um teste: resgate na memória a última vez que você viu um hipertenso comendo banana, uma das fontes mais conhecidas de potássio (uma unidade média tem 215mg), só para controlar a doença.

Quanto ao sal, um adulto saudável deve ingerir, no máximo, seis gramas de sal por dia, mas a maior parte dos brasileiros consome nada menos que 12 gramas. O sal que tempera a comida de cada pessoa que consegue tê-la à mesa foi considerado, no passado, artigo de luxo e serviu de moeda de troca em civilizações antigas, chegando até a ser o estopim de disputas territoriais - a palavra salário deriva dele. Mas, quando o assunto é saúde, não é de hoje que ele desfila sua fama de vilão mundo afora. Falou em hipertensão, pode ter certeza de que alguém vai citá-lo. O excesso de sódio, principal ingrediente do sal de cozinha, provoca retenção de água no organismo e aumenta o volume de sangue circulando. Maior volume sanguíneo passando pelo mesmo espaço de veias e artérias significa maior pressão nas paredes dos vasos. Para o bem do coração e das artérias, menor ingestão de sal e maior de banana devem fazer parte do cardápio das pessoas. A fruta - largamente produzida no Brasil, especialmente em Minas Gerais, no Vale do Jaíba, Norte do estado -, que já foi comprada a preço baixo, tem bem melhor status na alimentação dos brasileiros, principalmente os desportistas, mas as dicas desse estudo publicado nos EUA podem lhe render toda a notoriedade que merece.

OUTRAS FONTES

O portássio pode ser encontrado em muitos outros alimentos

Soja - 486mg (uma concha pequena)

Melão - 367mg (uma fatia média)

Couve - 331mg (três colheres de sopa)

Grão-de-bico - 285mg (uma concha pequena)

Laranja - 245mg (uma unidade média)

Mamão - 222mg (uma fatia média)

Brócolis - 214mg (6 ramos)

Tomate- 200mg (uma unidade)

Goiaba - 178mg (uma unidade média)

Pera - 162mg (uma unidade média)

Melancia - 156mg (uma fatia média)

Feijão - 153mg (uma concha pequena)

Mexerica - 150mg (uma unidade média)

Espinafre - 134mg (três colheres de sopa)

Lentilha - 132mg (uma concha pequena)

Agrião - 131mg (um prato de sobremesa)

Abacaxi - 131mg (uma fatia média)

Alface - 126mg - (um prato de sobremesa)

Linhaça - 126mg (duas colheres de sopa)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Obesidade atinge 30% das crianças

Foi-se o tempo em que criança saudável era criança gordinha. As dobrinhas vistas com alegria para muitas pessoas passou a ser um terror na vida dos pequenos. A obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos. Estima-se que pelo menos 30,0% das crianças entre 6 e 11 anos tem excesso de peso e cerca de 10% são obesas. A grande maioria tornam-se adultos gordos, com 79% de probabilidade.

A maior dificuldade, segundo os pais, é fazer com que as crianças entendam a necessidade de ingerir alimentos saudáveis. "Todos os dias é um suplício. Ela não quer comer verduras, carne e troca qualquer refeição por pizza e até sorvete", reclama a professora Marlúcia Evangelista, 27 anos. Com uma filha de três anos, ela diz que já tentou de tudo para tornar a hora das refeições mais atraentes. "Faço teatrinho na hora do almoço, brinco e até ameaço".

Segundo a nutricionista Daniela Aguiar, na maioria dos casos o que as crianças preferem comer é um reflexo do que os pais consomem. "Se ela (criança) vê que os pais comem muitas besteiras e doces, automaticamente vai querer fazer a mesma coisa. Por isso, o bom exemplo é fundamental". Conforme ela, no novo conceito familiar onde pai e mãe trabalham fora, as guloseimas chegam como um prêmio para os pequenos. "Em muitos casos os doces são uma forma de suprir a carência da ausência".

Porém, a nutricionista condena esse tipo de ação. "Os pais não podem 'premiar' os filhos com lanches por se sentirem mal em ficar fora a maior parte do tempo. Desta forma, eles estão predispondo os filhos a doenças como diabetes e hipertensão, além de problemas nas articulações e da baixa autoestima".

A nutricionista aponta também o aumento do consumo de alimentos industrializados que possuem elevados teores de sal, colesterol e calorias. O fato das crianças acostumarem-se com o sabor doce logo nos primeiros meses de vida, quando muitas mães acrescentam açúcar às mamadeiras de leite, também contribuiu para o elevado consumo de açúcar entre as crianças. "O que também torna um dos motivos da obesidade infantil", acrescenta Aguiar.

Outro destaque da nutricionista foi em relação aos fast foods. "É a preferência de muitas famílias, pela praticidade que anda associada a falta de tempo". Conforme ela, pode-se ter uma alimentação saudável mesmo na rua. "Até para as crianças. Os pais tem que colocar todos os nutrientes necessários nos pratos e não imaginar que os sanduíches vão alimentar, pois eles vão apenas acabar com a fome".

Alimentação saúdavel é fundamental

Quando vai ao shopping, Gabriel, 7 anos, já sabe onde vai lanchar. "É sempre na mesma lanchonete e o mesmo sanduiche", diz a mãe que confessou usar o local como uma forma de fazer o filho comer. "Muitas vezes ele não quer almoçar em casa e trago para comer aqui", afirma a comerciante Cyntía Dantas, 32 anos. Ela afirma que não é a melhor opção. "Mas ele acaba me vencendo".

COMPLICAÇÕES - De acordo com o Consenso Latino em obesidade, diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, a obesidade é uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas complicações, caracterizada pela acumulação excessiva de gordura em uma magnitude tal que compromete a saúde. Entre as complicações mais comuns está o diabete, a hipertensão arterial, as dislipidemias, as alterações osteomusculares e o incremento da incidência de alguns tipos de carcinoma e dos índices de mortalidade.

Segundo o Consenso, a variedade biológica das pessoas com relação ao armazenamento do excesso de energia ingerida é muito grande. Este fato está estreitamente relacionado com a suscetibilidade individual e seu patrimônio genético. Com base nos estudos de epidemiologia molecular, é possível afirmar que o número de genes associados ou relacionados com a obesidade gire em torno de 20.

Daí percebe-se que algumas pessoas nunca chegarão a ter sobrepeso ou obesidade, outras podem aumentar de peso na medida que aumentam de idade, e outras ainda podem iniciar o aumento de peso desde a infância e mantê-lo em idades posteriores. Também se leva em conta a influência das desordens emocionais e dos fatores psicológicos na prevalência da obesidade.

De acordo com alguns autores da psicologia, mecanismos psíquicos de fixação oral, regressão oral e supervalorização dos alimentos são de grande impacto na forma como as pessoas desenvolvem hábitos alimentares. É comum, por exemplo, que uma história passada de depreciação da imagem corporal e insuficiente condicionamento primitivo do controle do apetite leve aos transtornos alimentares, tais como a bulimia, a anorexia e também a obesidade.
Fonte: CFN

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Probióticos a sua mesa

Associar a presença de microrganismos no corpo e nos alimentos a algo negativo é quase automático para muitas pessoas. Porém, poucos sabem que alguns desses minúsculos seres fazem uma enorme diferença na constituição de uma VIDA SAUDÁVEL. São os probióticos, termo que surgiu no Oriente Médio, onde médicos prescreviam iogurtes e outros leites fermentados como terapêutica para afecções do trato gastrintestinal e também como estimulante do apetite. Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, probiótico é definido como "microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro".

O interesse no consumo de alimentos fermentados com microrganismos vivos tem crescido muito com o propósito de manter a saúde e prevenir ou tratar enfermidades. Há vários motivos que levam a este consumo, um deles é o interesse por alimentos sadios e outro, é na prática clínica, como alternativa aos antibióticos.

Diversas pesquisas têm se empenhado no estudo dos microrganismos empregados na elaboração de produtos lácteos, assim como o estudo em desenvolvimento na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), pelas nutricionistas Adriana Menezes e Celiane Gomes, com formulação de Bebida Láctea fermentada com soro de leite e polpa de cajá com atividade probiótica. As nutricionistas destacam que existem vários tipos de microrganismos probióticos, os mais comumente utilizados na indústria de alimentos são os lactobacilos e as bifidobactérias. Estes probióticos são avaliadados como alternativa profilática e terapêutica para lidar com várias condições gastrintestinais e sistêmicas, de acordo com pesquisas realizadas na USP "os 56 tipos que pertencem ao grupo dos lactobacilos auxiliam na digestão da lactose (açúcar presente no leite), na prevenção e tratamento das afecções intestinais (diarréia, constipação) mantendo o bom funcionamento da mucosa intestinal, aliviando também a síndrome do intestino irritável. As bifidobactérias, com 29 espécies estimulam o sistema imunológico, a produção de vitamina B, inibem a multiplicação de agentes causadores da doença, reduzem a concentração de amônia e colesterol no sangue, bem como ajudam no restabelecimento da microbiota intestinal".

As nutricionistas chamam atenção para a dose diária recomendada. De acordo com pesquisas atuais preco niza-se ingestão semanal mínima de 300 a 500g de produtos lácteos fermentados contendo entre 106 a 107 UFC.mL-1, ou seja, entre 1 milhão e 10 milhões das células probióticas por mililitro de produto. As embalagens de leites fermentados comercializados no Brasil apresentam geralmente 80 mL de produto, essas garrafas pequenas fazem parte do conceito de "dose diária" de companhias multinacionais. A ingestão diária de leites fermentados embalados em garrafas de 80 mL totaliza consumo semanal de 560 mL. No entanto, "é preciso que estes produtos tenham sido fabricados adequadamente e estocados na temperatura de refrigeração correta para de fato apresentarem quantidade alta de microrganismos probióticos viáveis".

Além de todas as vantagens funcionais apresentadas, as bactérias láticas probióticas contribuem de forma benéfica para o aroma e sabor dos produtos fermentados, modificando a textura e produzindo compostos aromáticos agradáveis ao alimento.

Atualmente existem no mercado uma extensa gama de alimentos probióticos como: sobremesas à base de leite, leite fermentado, leite em pó, sorvete, iogurte e diversos tipos de queijos, além de produtos na forma de cápsulas ou produtos em pó para serem dissolvidos em bebidas frias, sucos fortificados, alimentos de origem vegetal fermentados, maionese e outros.

"No Brasil, dos diversos alimentos probióticos disponíveis no mercado, apenas alguns contêm no rótulo a identificação do microrganismo presente", afirmam as nutricionistas. Em geral, o fabricante limita-se a informar que o produto contém "fermentos lácteos". No entanto, o microrganismo presente no produto, bem como o número de células viáveis desta cultura, é que determina se este é ou não um alimento funcional probiótico.


Fonte; CFN

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dupla de Sucesso

A combinação de boa alimentação com atividade física constante é capaz de prevenir, em grande número, cânceres relacionados, sobretudo, ao sistema digestivo. Sessenta por cento dos casos de tumores de boca, faringe, laringe e esôfago e 52% dos casos em que a doença atinge o endométrio podem, assim, ser evitados. Os dados, específicos para o país, fazem parte do relatório Políticas e ações para a prevenção do câncer no Brasil: alimentação, nutrição e atividade física, lançado em fevereiro, pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), em parceria com o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer (WCRF).

A publicação também informa que 41% dos tumores de estômago, 34% dos de pâncreas, 37% dos de intestino grosso (colorretais) e 19% de todos os outros tipos da doença poderiam ser evitados por meio de alimentação adequada, nutrição, exercícios físicos regulares e gordura corporal adequada. O sedentarismo e o consumo de alimentos processados e ricos em sal, gorduras e açúcares têm contribuído para o aumento de peso, incidência de obesidade e o desenvolvimento de doenças crônicas, até mesmo em crianças e adolescentes.

Por isso, o relatório chama a atenção para medidas simples, como consumir água potável e cuidados com a higiene e conservação dos alimentos. Ela também recomenda investimentos em educação alimentar desde a infância e a divulgação de práticas saudáveis, inclusive na escola, e pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mas todas as recomendações definidas para prevenção do câncer terão maior eficácia quando associadas àquelas que previnem a obesidade e outras doenças crônicas, segundo afirma a oncologista clínica e presidente da Sociedade Mineira de Cancerologia, Ana Alice Vieira Barbosa. "Sobretudo no caso de mulheres, a associação de alimentação saudável com a prática de exercícios físicos regularmente são importantes para a prevenção do câncer de mama porque há uma relação hormonal. O tecido adiposo é responsável por parte da produção de estrógeno e a quantidade anormal de gordura no organismo atrapalha a produção desse hormônio."

Entre as mulheres, a redução de altos percentuais de gordura corporal também diminuiria significativamente o risco de câncer de esôfago, pâncreas, vesícula, reto, endométrio e rim. A estatística é especialmente importante diante do quadro vivido atualmente - não somente no Brasil. Em 2009, cerca de 11 milhões de pessoas em todo o mundo foram diagnosticadas com algum tipo da doença, que responde por, aproximadamente, 8 milhões de mortes todos os anos.

Segundo a médica, é preciso cuidado para não atribuir aos alimentos, sozinhos, um poder demasiado. Ana Alice recomenda que, para que eles possam realmente ajudar, é necessária uma combinação: "Uma dieta colorida, com verduras e legumes, de duas a três porções diárias, intercalando com frutas. E evitar a ingestão de defumados, como churrasco e bacon. A carne vermelha não é proibida, mas é bom variar com a branca e com peixe."

A oncologista faz um alerta claro: "A alimentação não faz milagre, muito menos combate o câncer. É uma questão de prevenção. Há pessoas que podem comer frutas e verduras, fazer exercícios físicos de forma regular e, mesmo assim, desenvolver a doença. Há vários fatores que influenciam, como a hereditariedade".

Sobretudo no caso de mulheres, a associação de alimentação saudável com a prática de exercícios físicos regularmente são importantes para a prevenção do câncer de mama porque há uma relação hormonal"

Fonte: CFN

terça-feira, 4 de maio de 2010

Os alimentos mais saudáveis do mundo

Doutorado em nutrição pela Universidade Clayton pela Saúde Natural, o psicólogo Jonny Bowden dedica-se à pesquisa dos alimentos há duas décadas. Além do livro Os 150 Alimentos mais Saudáveis do Planeta, ele vai lançar, no fim do mês, a obra As Refeições Mais Saudáveis do Mundo. 'Quero dizer às pessoas que é possível comer bem, sofisticadamente, explorando inúmeras nuances de sabor e ainda assim ser saudável', diz. Em entrevista a ÉPOCA, o autor explica como fez a extensa pesquisa que deu origem ao livro e revela quais são os alimentos menos saudáveis, dos quais devemos manter a maior distância possível.

ÉPOCA - O senhor dedicou muito de sua vida à pesquisa dos alimentos. Qual é sua relação com a comida?
Jonny Bowden - A comida são como os amigos. Assim como há o tipo de amigo com quem você pratica esportes, há aqueles com quem você vai a museus, com quem você troca confidências. Assim são os alimentos. Alguns possuem altas concentrações de proteínas, mas são pobres em fibras. Alguns são ricos em antioxidantes, mas não possuem Omega 3. Precisamos de uma grande variedade de alimentos - assim como de amigos - para conseguir tudo de que precisamos. O segredo é a variedade de bons alimentos. A minha lista (confira abaixo) considera alimentos que normalmente não pensamos em comer. É como um investidor que percebe a existência de uma boa aplicação que era subestimada e não fazia parte de sua carteira. Não quer dizer que são os melhores ou os únicos, mas são muito bons e não recebem a devida atenção.

ÉPOCA - Como o senhor fez a lista com os 150 alimentos mais saudáveis?
Bowden - Meus assistentes e eu pegamos todos os alimentos naturais possíveis e comparamos seus valores nutricionais. Quais possuíam o maior nível de determinado nutriente, quais possuíam a maior variedade de nutrientes? Quais tinham baixos níveis de nutrientes? Fiz isso com todos os vegetais, todas as fontes de proteínas, todos os grãos - apesar de não haver muitos, selecionei os mais consumidos, com menor potencial para causar alergias e com um alto teor de proteínas. Baseados nesses parâmetros, fomos diminuindo a lista. Mas 150 alimentos é um número muito grande. Cotidianamente, as pessoas comem cerca de 10 a 15 alimentos apenas.

ÉPOCA - Quais são os melhores grãos?
Bowden - Recomendo a quinua. Apesar de ser uma semente, e não um grão propriamente dito, tem o sabor e o preparo parecido com o de um grão. A quinua contém muitas fibras e proteínas. Também gosto de aveia integral, que tem muitas fibras, proteínas, altas concentrações de minerais e pouquíssimo açúcar.

ÉPOCA - Em que as pessoas devem prestar atenção na hora de comprar alimentos?
Bowden - Você deve escolher alimentos que passaram por pouco ou nenhum beneficiamento depois da colheita. Quanto mais colorido, melhor, porque a cor é a forma como a natureza põe os nutrientes na comida. Azul, amarelo, verde, vermelho... As cores representam os componentes mais nutritivos dos alimentos.

ÉPOCA - Os alimentos orgânicos são sempre melhores?
Bowden - Em um mundo ideal, os orgânicos serão sempre melhores. No mundo real, no entanto, as coisas não são necessariamente assim. Não sou tão radical quanto alguns nutricionistas. Primeiro, porque produtos orgânicos são sempre mais caros. Em segundo lugar, alguns alimentos - como o abacaxi e a banana - possuem cascas grossas como proteção, que são descartadas para o fruto ser comido. Nesse caso, não faz tanta diferença se o produto é orgânico ou não. Se eu tiver de gastar meu dinheiro com alimentos orgânicos, vou escolher aqueles mais propensos a acumular pesticidas, como morangos, tomates e verduras.

ÉPOCA - Além desses que o senhor mencionou, quais produtos orgânicos que você compra?
Bowden - Além dos que citei, eu diria carne, peixe e café, porque podem conter níveis elevados de produtos químicos.

ÉPOCA - Por que as pessoas comem menos alimentos saudáveis do que deveriam?
Bowden - Porque os alimentos industrializados têm um gosto muito bom. A indústria adiciona muito açúcar e sal nos alimentos, intensificando as nuances de sabor. Encontramos comidas com dosagens inconcebíveis de adoçantes e sal. São alimentos vendidos em qualquer lugar, com comerciais em todas as mídias possíveis. As pessoas são seduzidas pelo sabor, pelos estímulos sugeridos nos comerciais. Isso cria uma cultura em que essas comidas se tornam o padrão. É como um vício em drogas. Nos Estados Unidos, uma pessoa comum está exposta a 95 mil comerciais a cada ano, e a maioria deles é de comida.

ÉPOCA - Em seu livro, o senhor afirma derrubar vários mitos sobre a comida. Quais são eles?
Bowden - Um é que carne é sempre ruim, outro é que soja é sempre bom. As comidas de soja encontradas nos EUA são muito diferentes das que fazem parte do cardápio oriental. A soja tem várias lacunas nutricionais. Não é porque a comida foi feita à base de soja que ela é saudável. Carne de soja, sorvete de soja. Não são comidas saudáveis nem prejudiciais. São alimentos neutros, cujo valor nutricional não é nada excepcional. Muitas pessoas comem alimentos feitos com soja pensando que estão proporcionando um grande bem ao organismo, mas na maior parte das vezes é puro marketing. Recomendo produtos de soja fermentados. Tudo que é natural e fermentado é bom, porque o processo de fermentação cria bactérias que são muito úteis ao organismo. Infelizmente a maior parte dos produtos de soja não é fermentada, mas industrializada. Não quer dizer que sejam alimentos ruins, mas não são exemplos de comidas nutritivas.

Confira a lista dos alimentos para os quais damos pouca atenção, mas deveriam freqüentar o nosso prato mais vezes.

1- Sardinha: é rica em proteínas e possui minerais essenciais, como magnésio, ferro e selênio, que têm ação anticancerígena. Esse tipo de peixe também ajuda o organismo a liberar o mercúrio e tem altas concentrações de omega 3, um tipo de gordura ?boa?, essencial para o funcionamento do cérebro, do coração e para a redução da pressão arterial. As sardinhas são chamadas de ?comida saudável em lata? por Bowden, que aconselha que sejam compradas as preservadas no próprio óleo ou em azeite, quando não puderem ser consumidas frescas.


2- Repolho: as folhas do vegetal contêm grandes concentrações de substâncias antioxidantes e anticancerígenas chamadas de indoles e sulforafanos. Uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA, apontou que o sulforafano é a substância química encontrada em plantas que mais eleva o nível de enzimas anticancerígenas no organismo.

3- Folha de beterraba: geralmente jogada fora, é rica em vitaminas, minerais e antioxidantes. Contém carotenóides, pigmento natural dos vegetais que ajuda a proteger os olhos contra o envelhecimento. Bowden também afirma que a beterraba em si também é um dos alimentos mais ricos que existem. As folhas podem ser comidas cruas na salada ou refogadas, como espinafre.

4- Açaí: em suco ou misturado à comida, como é feito no norte do país, o açaí é uma das frutas com maior concentração de antioxidantes. Também é rica em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, que são benéficas e auxiliam na redução do colesterol ruim e na prevenção de doenças cardíacas. Para Bowden, os brasileiros que não consomem a fruta freqüentemente desperdiçam a benção que a natureza lhes proporcionou.
5- Goiaba: rica em fibras, minerais e vitaminas. Também possui grandes quantidades de licopeno, o mais antioxidante entre todos os carotenóides. O licopeno auxilia na prevenção do câncer de próstata e reduz os riscos de surgimento de catarata e doenças cardiovasculares.

6- Cereja fresca: tem altas concentrações de antocianina, um antiinflamatório natural. Deve ser comida ao natural ou misturada com iogurte ou vitaminas.

7- Chocolate meio-amargo: rico em flavanóides, que diminuem a pressão sangüínea e promovem o bom funcionamento do sistema circulatório, tem altas concentrações de magnésio, um mineral importante para mais de 300 processos biológicos do organismo.

8- Frutas oleaginosas: são as castanhas, as nozes e as amêndoas. Bowden afirma que todas trazem inúmeros benefícios, apesar do elevado teor calórico. Possuem muitos minerais, proteínas e altos níveis de Omega 3 e Omega 9.

9- Canela: ajuda a controlar o nível de açúcar e de colesterol no sangue, o que previne o risco de doenças cardíacas. Para usufruir dos benefícios da especiaria, basta polvilhar um pouco de canela em pó no café ou no cereal matinal.

10- Semente de abóbora: é uma grande fonte de magnésio. Esse mineral é tão importante, explica Bowden, que estudiosos franceses concluíram que homens com altas taxas de magnésio no sangue têm 40% menos chances de sofrer uma morte prematura do que aqueles com baixos índices. Para consumi-las, toste-as no forno e coma-as por inteiro, inclusive com a casca, que é rica em fibras.

Revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca

Entrevista realizada em 12 de Julho de 2008

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Alimentos para ativar a memória

No decorrer da vida, as células, inclusive as do cérebro, são danificadas pelos radicais livres que levam a uma diminuição no ritmo de produção de energia.

A ação destes componentes compromete a atuação dos neurônios, provocam o desaparecimento das sinapses e reduz a capacidade de comunicação entre as células e dessa forma prejudica o funcionamento mental.

Após anos de exposição aos radicais livres, os neurônios podem ser destruídos e com isso podem provocar doenças como Alzheimer, Parkinson e outras doenças degenerativas do cérebro. Apesar de ainda não existirem estudos conclusivos sobre o assunto, alguns estudos sugerem que a melhor maneira de evitar isso é fornecer ao cérebro mais antioxidantes e assim combater os radicais livres.

A nutrição adequada e mudanças no estilo de vida, inclusive exercícios físicos e mentais podem contribuir bastante com o bom funcionamento do cérebro, além de facilitar a captação dos neurotransmissores essenciais a memória.

Veja a seguir alguns alimentos que podem ajudar você a ter uma boa memória:

Gema de ovo - Contém colina, precursor do neurotransmissor acetilcolina, que pode melhorar a memória. Sua deficiência parece estar associada à doença de Alzheimer, causa comum de demência.
Peixes - Principalmente os de água fria (salmão, anchova, sardinha, atum, arenque), são fontes de ácidos graxos ômega 3, poderoso antioxidante.
Frutas e vegetais amarelos - Mamão, manga, pêssego, cenoura, abóbora. São alimentos fontes de betacaroteno, antioxidante que combate o envelhecimento celular.
Frutas vermelhas - Morango, cereja, framboesa, amora, pitanga, melancia e tomate, também possuem pigmentos antioxidantes que combate os radicais livres e ajudam a memória.
Oleaginosas - castanhas, nozes, amêndoas, avelãs, amendoim. Ricas em vitamina E e selênio, também fontes de antioxidantes.

Carnes, aves, grãos integrais, leguminosas, leite e derivados
Estes alimentos são fontes de vitaminas do complexo B. Ajudam a regular a transmissão entre os neurônios. Na carne vermelha você encontra também o ferro que pode colaborar com a boa memória.
Como você pode perceber vários alimentos são fontes de antioxidantes, então aproveite, tenha uma alimentação variada, consuma todos os grupos alimentares diariamente.

Outras recomendações:
- Aleitamento materno, quando possível até os dois anos de idade;
- Procure se alimentar a cada três horas, para manter um adequado aproveitamento de glicose no cérebro;
- Pratique exercícios físicos regularmente, faz bem para o corpo e para a mente;
- Não esqueça do lazer, separe um tempo para você e faça atividades que te proporcionam prazer e bem-estar.
- Faça atividades que estimulem o raciocínio como palavras cruzadas e outros jogos.
Siga nossas dicas e recomendações e ative sua memória!

Fontes:

ARAÚJO, R. S. Q. Memória: Abordagem Nutricional. Revista NUTRIÇÃO Saúde & Performance, edição 34, 2007.
CARDOSO, L. Nutrindo o Cérebro. Revista NUTRIÇÃO em Pauta, edição Março/Abril, 2003.

Fonte:http://www.linearclipping.com.br/cfn/detalhe_noticia.asp? cd_sistema=140&codnot=744505