quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ovo faz mal?

O alimento pode ser incluído na ALIMENTAÇÃO sem medo.

Uma pequena refeição rica em proteína - cerca de 10% a 15% do seu total - o ovo já foi considerado, na década de 1950, o grande vilão das dietas alimentares por possuir alta concentração de colesterol. Com o passar dos anos, e dos estudos, os médicos descobriram que, na realidade, esse item não era tão prejudicial assim. Diante da antiga má fama, esse ingrediente passou a ser visto como uma ótima fonte de proteinas, vitaminas do complexo B, antioxidantes e minerais.

Sempre foi muito disseminado, como já foi dito, que o ovo, por inteiro, seria rico em colesterol. Mas a bem da verdade, a única parte dessa pequena esfera que poderia ser prejudicial à saúde humana seria a gema - contendo cerca de 200 a 250 miligramas de colesterol por unidade. A clara, em contrapartida, é composta em sua maior parte por proteínas, podendo, inclusive, ser utilizada como paliativo para algumas doenças. "A proteína é um regenerador natural. Uma pessoa que fez algum tipo de cirurgia ou sofre de desnutrição protecalórica pode fazer o uso desse alimento como um auxiliador no processo de cura", afirma a Nutricionista Geise Belo.

Mas, o quanto podemos ingerir desse alimento tão rico em propriedades benéficas? "A quantidade ainda é relativa. Acredito que a média para uma pessoa que não sofre com alta taxa de colesterol ruim é de quatro ou cinco unidades por semana. Já as que têm algum tipo de problema, podem consumir no máximo três vezes", orienta Geise. Não pense, entretanto, que a restrição é exclusiva para pessoas que possuam o colesterol elevado. Algumas podem desenvolver alergias ao ovo e a suas substâncias e, por conta disso, não é recomendável dá-los para crianças menores de dez meses, pois o organismo ainda não está bem definido com relação a produtos muito fortes.

Há ainda outros pontos muito importantes a considerar. Uma delas é a forma como ele é consumido. Muitos atletas e jovens têm feito o uso deste produto cru, algo que é extremamente arriscado à saúde. "O que eles não sabem é que esse ingrediente pode estar contaminado com a salmonela, que é facilmente desativada quando aquecida. Por isso, é ideal que ele seja consumido apenas cozido ou frito", alerta. A compra dos ovos é outra questão que merece atenção por parte do consumidor. É fundamental identificar se eles não estão rachados - favorecendo a entrada de bactérias - e manchados ou sujos - o que pode sinalizar que eles já estão apodrecendo. E tem mais. Depois de selecionados com qualidade, não se pode descuidar, há também a preocupação com a preservação. Precisam ser guardados dentro da geladeira, em uma das prateleiras, e nunca na porta do eletrodoméstico, como é comum. "O prazo máximo de conservação é até 20 dias, sob temperatura de aproximadamente 10°C" completa.

Serviço

Geise Belo é Nutricionista com especialidade em vigilância sanitária e Nutrição clínica do Hospital da Restauração e supervisora de alimentos da Vigilância Sanitária do Recife.


Fonte: CFN

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